A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, revelou, ontem, que o salário mínimo foi fixado em R$ 619,21, para 2012, um aumento de 13,62% sobre a atual remuneração que é de R$ 545,00. De acordo com a economista Edileuza Pereira Silva, o primeiro ponto a ser destacado é que o aumento proposto para o próximo ano segue a fórmula adotada pelo governo para o reajuste. "O salário mínimo foi reajustado de acordo com a inflação oficial do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) do ano anterior, mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país) de dois anos atrás", conta.
Segundo a economista, o governo está cumprindo um compromisso firmado com os trabalhadores, no entanto é preciso destacar os efeitos desse reajuste ao trabalhador. "Do ponto de vista dos empregados, haverá um aumento de renda significativa, se comparado ao ocorrido em 2011. O salário saiu de R$ 510,00 para R$ 542,00, e, em 2012, saltará de R$ 542,00 para R$ 619,21. Ou seja, um aumento de 6.86% em 2011, e de 13,6% em 2012%", explica.
Ela ressaltou que, com mais dinheiro no bolso, é muito provável que o consumo de bens e serviços na economia aumente, havendo o risco de pressões inflacionárias, tendo em vista que aumenta à medida que cresce a demanda. "Por outro lado, o salário maior terá efeitos sobre os gastos do governo, principalmente no que se refere ao pagamento de aposentadorias e pensões. Conforme dados apresentados pela própria ministra de planejamento, o aumento anunciado causará impacto de, aproximadamente, R$ 22,7 bilhões aos cofres públicos", completa. (LR).
Fonte:http://www.jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Cidade&CODIGO=44586
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