Algumas partes, as quais eu gostaria de contestar sobre o
artigo:
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou em primeira discussão o
Projeto de Lei 10821/11, por 21 votos contra 9, que proíbe a distribuição de
material didático que contenha conteúdo sobre a diversidade sexual nas escolas
da cidade. De autoria do vereador Carlos Bolsonaro (PP), o objetivo é que a família
decida o momento de apresentar a questão. Além disso, ele propôs o “Dia do
Orgulho Hétero” no Rio de Janeiro.
Muito me admira, a cidade imperial do Rio de Janeiro, estado
e sede de olimpíadas, grande metrópole brasileira, local majoritário em gays e
lésbicas, ser a capital preconceituosa, discriminativa e pior, incentivadora de
um vereador que propõe um dia especial para o que ele chama de “Dia do orgulho
hétero”, já que ele assim cita isso como
o normal, e se é o normal ser hétero, para que ter um dia especifico? Assim deveria
também ter o “Dia do branco”, pois há o “Dia do índio”, o “Dia do negro”, então,
nós que somos brancos, deveríamos ser os considerados normais e termos nosso
dia?
Ou então não se considera mais o normal ser hétero assim
como a família “tradicional” aqui abaixo citada pelo vereador?
“por ser considerado uma afronta aos conceitos da família
tradicional”.
E o que vêm a ser
a dita “família tradicional”? É aquela família cujo homem e mulher são casados
legalmente, civilmente, no papel, preto no branco, como costuma se dizer. Com isso,
podemos considerar os não casados, como fora desse vinculo familiar, então, vós
que não são casados, considerem-se excluídos também nesta frase impensada do vereador
aqui citado.
E que afronta é
essa agora? Acaso deveria ser uma afronta aos que lutam pelos seus diretos? Deveria
ser afronta aos que ganham um salário mínimo, ou seja, a maioria do povo
castigado e brasileiro, o qual é uma afronta os senhores vereadores ganharem
seus salários altíssimos e pagos por este povo dito normal e os que são anormais, o povo gay também paga seus
impostos e com eles, os seus salários, os quais, em vez de defender e criar
sanções e leis próprias para a defesa do cidadão, ficam discutindo banalidades
e decadentes formas de alvejar a quem vos dá o salário.
Deveriam se
informar melhor sobre o conceito de família, atualmente isto mudou, pois o
conceito histórico sobre família não existe mais, família tanto pode ser a vivencia
sem o casamento, como a união homo-afetiva. Fica aqui o site para leitura dos
interessados sobre esses novo conceito:
*(pesquisa feita o salário
é em torno de R$ 15 mil reais, fora regalias http://www.paulopinheiro.org/clipping/texto.asp?cod=592)
“Não podemos permitir que o Poder Público,
através da rede de ensino fundamental direcionada basicamente ao público
infanto-juvenil, venha influenciar nossas crianças na escolha de sua
sexualidade, devendo, este fato, acontecer naturalmente na idade certa, de
acordo com a base familiar de cada um”, diz o vereador Carlos Bolsonaro, que é
filho do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro.
Primeiro lugar, como é que nós podemos ou não dizer ao Poder
Público o que deve ele dizer, podemos questionar é claro, mas determinar acima
dele ou da lei, impossível, para isso ele já vêm adicionado de PODER/PÚBLICO,
aquilo que não é da autarquia do individual, mas público, do povo. Quanto ao “influenciar
crianças na escola e sua sexualidade”, ora bolas senhores, nossas crianças já
são mais perspicazes do que muitos de nós adultos, alguns até com filhos,
outros com drogas, e quem os influencia a isso?
Nas escolas, em Biologia ou ciências (vamos ver as
possibilidade então de excluir a disciplina de biologia ou ciências nas
escolas?), é ensinada a matemática das relações sexuais e como funcionam os órgãos
genitais, como uma criança é gerada no ventre da mãe e como saem do testículo
do pai o esperma, daí dizer que a criança escolherá ser gay, porque em suma é
esse o fato de que o dito vereador se refere, aí é muita presunção, pois a
cultura sexual já está implantada nos lares das crianças, nas ruas muito antes
de chegar a nossa tão amada e educativa escola!
A preocupação seria mais adequada se os vereadores e
governantes se preocupassem sim com as escolas, mas de forma a defender seus
professores das badernagens, dos loucos, dos assassinos, dos alvejadores e se
dedicassem a dar melhores salários à classe que permanece calada diante das
decisões absurdas que preconceituosos, tolos fazem.
Fica aqui minha indignação e a matéria retirada de um blog
cujo autor costuma pôr essas matérias patéticas, preconceituosas e enxovalhadas como se fossem matérias
gloriosas, dignas, mas não o são. Lamento por pessoas assim, com culturas desregradas
e vistas grossas para a vida e para os seres humanos que são um só em Deus, o que
com suas críticas, perdem não só a dignidade cristã, como a amizade dos que preferem
não o ter, pois este discrimina o seu próprio modo de ser, sendo ele quem é no
intimo.
Assino assim este
artigo, com orgulho do que sou: humano.
Chinzenn