segunda-feira, 2 de julho de 2012

Homofobia: na Bahia, irmãos gêmeos são confundidos com casal gay, e um deles é assassinado


 


 
Do site Camacari Fatos e Foto

Homofobia. Este foi o motivo pelo qual os irmãos gêmeos José Leonardo da Silva e José Leandro da Silva, de 22 anos, moradores do Parque das Mangabas, foram agredidos brutalmente e um deles assassinado. Na madrugada do último domingo (24), por volta das 4h30, os jovens foram atacados por cerca de 10 homens nas imediações do posto de combustível que fica perto do Espaço Camaçari, quando saiam do Camaforró.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Homicídio de Camaçari, doutora Maria Tereza, os irmãos estavam voltando para casa abraçados, quando um rapaz de prenome Cristóvão ia passando de carro e ofereceu uma carona; neste mesmo instante, um microônibus que estava transportando um grupo de jovens de Paripe e de Ilha de São João passou no local e os viu juntos, então, ainda com o transporte em movimento, Diogo dos Santos Estrela, 20 anos, que estava armado com um canivete,  desceu e começou a agredi-los.

Na confusão, José Leonardo conseguiu desarmar Diogo e saiu em busca de ajuda para José Leandro, mas logo foi surpreendido por Douglas dos Santos Estrela, (19), que reconheceu a arma de Diogo, seu irmão e, desesperado, indagou “cadê meu irmão?”, José Leonardo sem entender o que estava acontecendo respondeu,“eu não sei quem é seu irmão, mas posso te ajudar a procurar”. Acreditando que o Diogo estivesse morto, Douglas conseguiu convencer José Leonardo a jogar o canivete no chão e logo após começou a atacá-lo.

Neste mesmo momento, José Leonardo foi atingido por um paralelepípedo jogado por Adriano Santos Lopes da Silva (21) e ao cair no chão foi golpeado na cabeça com a mesma pedra diversas vezes, por Douglas, vindo a óbito no local. Enquanto isto, José Leandro estava tentando se desvencilhar dos socos desferidos por Adan Jorge Araújo Benevides, (22), socos estes, tão violentos que afundaram a face da vítima. Leandro foi socorrido e encaminhado para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), onde continua internado.

Depois de fugir do grupo, Cristóvão que presenciou inerte as agressões contra seus amigos, conseguiu avisar a Polícia Rodoviária sobre o ocorrido; uma viatura foi deslocada, interceptou e conduziu o microônibus até a 18ª Delegacia Territorial de Camaçari, onde ficaram detidos Douglas, assassino confesso de José Leonardo, Adriano e Adan, além de Tiago Lopes dos Santos e Miller Muniz Silva Issa por supostamente terem participado das agressões.

Questionados sobre a motivação do crime, os acusados disseram que foi uma simples briga e que não tinha nada a ver com homofobia. Porém, a delegada Tereza garantiu que o crime realmente foi motivado por preconceito sexual, pois não houve nenhuma briga e eles nem se conheciam. “Eu só posso enxergar como homofobia. É um absurdo em pleno século XXI vermos crimes como este; homossexualidade não é doença é apenas uma opção sexual”, concluiu a delegada. 

“Agi por instinto, inconscientemente, tava achando que meu irmão estava morto, naquela hora não pensava em nada”, disse Douglas, relatando o momento de fúria que acabou com a morte de José Leonardo, que deixou a esposa grávida de três meses.

O presidente do Grupo Gay de Camaçari (GGC), Paulo Paixão, revelou que somente nos primeiros meses deste ano já foram registrados quatro casos de homofobia no município: “Apesar dos gêmeos não serem homossexuais, não vou dizer que este não foi um crime de homofobia. É um ato que tem que ser punido com rigidez e a delegacia tem que apurar; não tenho dúvidas que isto seja feito, pois a doutora Tereza é nossa parceira”.

Douglas, Adriano e Adan permanecerão custodiados na carceragem da 18ª DT/ Camaçari à disposição da justiça e responderão pelos crimes de formação de quadrilha e homicídio, já Tiago e Miller, depois de ouvidos serão liberados e Diogo, o pivô da confusão, permanece foragido.

Estatística de Homofobia
Na Bahia somente entre os meses de janeiro e abril foram registrados 12 casos de assassinatos de homossexuais, fazendo com que o estado lidere o ranking no país. Em Camaçari, nos primeiros seis meses já foram quatro crimes, número considerado alto pelo presidente do GGC, que acredita ser preciso investir em ações mais rígidas para combater esta crescente criminalidade contra o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).

Fonte:http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias&idnoticia=41409

Justiça proíbe todo tipo de bloqueio de celulares

Decisão se estende também para o período de fidelização do cliente, prática permitida pela Anatel.

Em decisão unânime, a Justiça Federal de Brasília proibiu que as operadoras de celulares bloqueiem aparelhos mesmo no período de fidelização, de até 12 meses, estipulado em contrato e permitido pela Anatel. O desrespeito a decisão pode render multa diária de R$ 50 mil a Vivo e a Claro.
Os recursos julgados foram formulados pelo Ministério Público Federal e pela Oi, contra sentença de primeiro grau que julgou improcedentes os pedidos formulados em ação civil pública ajuizada pelo MPF contra as operadoras de telefonia móvel, com o objetivo de coibir práticas de fidelização e de bloqueio, mesmo temporário, de celulares, prejudiciais à ordem econômica e aos consumidores.
Na argumentação dos recursos, MPF e Oi sustentaram que “nada justifica o bloqueio dos aparelhos celulares, pois, tal prática vincula o consumidor a ficar ligado a uma única operadora”. Ressaltaram, ainda, que a citada conduta fere o direito do consumidor de exercer a livre escolha.
Em sua defesa, as operadoras Vivo e Claro, sustentaram a tese de que o consumidor sempre teve o direito de procurar a operadora que lhe conviesse pagando o valor total do aparelho celular. Contudo, salientam, “para conceder determinados benefícios, a operadora arca com o preço do aparelho e acaba por transportar determinados encargos para o mercado”. Tal prática, conhecida como fidelização, é, segundo as operadoras de telefonia móvel, permitida pela Anatel.
O relator, desembargador federal Souza Prudente, discordou dos argumentos apresentados pelas operadoras de telefonia móvel. Segundo o magistrado, a tese de que Resolução da Anatel permite a prática da venda casada na forma do subsídio cruzado é equivocada.
“O bloqueio técnico dos aparelhos celulares configura uma violência contra o consumidor”, destacou o relator ao reformar a sentença de primeiro grau para determinar que as operadoras de telefonia móvel se abstenham da prática de bloqueio técnico dos aparelhos celulares.
Ao acompanhar o voto do relator, a desembargadora federal Selene Almeida destacou que não há como se aceitar cláusulas desse tipo. “Ao obrigar o consumidor a ficar fidelizado a determinado plano, está caracterizada a venda casada, uma afronta, pois, aos direitos do consumidor”, pois o que as empresas de fato estão fazendo através de descontos concedidos em troca de aparelhos é restituírem-se do desconto com a prestação do serviço, “já que o valor das mensalidades acaba por pagar, com sobras, os benefícios concedidos”.(Da redação)

Brasil inicia distribuição de remédio para Alzheimer fabricado no país

O laboratório do Instituto Vital Brazil (IVB), localizado em Niterói, na região metropolitana da capital fluminense, entregou hoje (29) às secretarias estaduais de Saúde os primeiros lotes de rivastigmina, medicamento destinado ao tratamento dos portadores de Alzheimer. A fórmula foi desenvolvida nacionalmente após a patente do proprietário original ter expirado.

Estão sendo entregues quatro toneladas do remédio, que serão distribuídas gratuitamente. A quantidade é capaz de atender ao total da demanda do país. De acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), cerca de 6% dos 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos sofrem com a doença.

O vice-presidente do IVB, Bernardo Horta, disse que o projeto é fruto de uma nova política de governo federal que, por meio de legislações específicas, incentivou a produção nacional da rivastigmina, fortalecendo o campo da saúde através de uma parceria público-privada.

De acordo com Horta, o processo de produção teve início há dois anos, quando o IVB constituiu uma parceria que envolvia o laboratório Laborvida, do Rio de Janeiro, e o laboratório EMS, de São Paulo, o maior produtor do país no campo dos medicamentos genéricos.

“Foi necessária muita pesquisa para desenvolver a formulação do medicamento. Um laboratório multinacional detinha a sua patente, que foi posteriormente expirada. Isso propiciou o processo de desenvolvimento da formulação do medicamento. A partir daí, resultou o registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], e foi então iniciada a sua produção”, disse Horta.

Segundo o vice-presidente, o remédio deve estar disponível a partir de julho, e será entregue trimestralmente. O Ministério da Saúde será o responsável pela distribuição nacional gratuita do medicamento, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O medicamento vai ser distribuído hoje a todos os almoxarifados de todas as secretarias de todos os estados da Federação. Haverá ainda uma destinação ao almoxarifado do ministério em Brasília, [para formação] do chamado estoque estratégico, ou seja, se faltar esse medicamento em algum local, por acréscimo de demanda, vai existir um quantum que poderá ser encaminhado”.

O Alzheimer é uma doença degenerativa, caracterizada pela perturbação das funções cognitivas, e é ainda incurável e progressiva, levando à morte. Esses sintomas muitas vezes são acompanhados pela deterioração do comportamento social, da motivação e do controle emocional.

Para a distribuição dos lotes, o Instituto Vital Brazil firmou com o Ministério da Saúde contrato de cinco anos, com o compromisso de atender toda a demanda nacional necessária. O medicamento a ser entregue possui formulações que variam de 1,5 mg a 6 mg, em embalagens de 15 cápsulas cada.
 
Agência Brasil

Pesquisa revela que mutação no mesmo gene causa diabetes e Alzheimer

Correio Braziliense
 
Uma afeta o corpo; a outra mexe com a mente. Diabetes e mal de Alzheimer, duas doenças para as quais ainda não existe cura, parecem completamente diferentes, mas, na verdade, podem ter a mesma raiz.
 
Há quase uma década, cientistas constataram que pessoas com dificuldades para produzir o hormônio insulina têm riscos maiores de desenvolver o problema neurodegenerativo na velhice. Só recentemente, contudo, eles começaram a entender o porquê. Uma descoberta genética anunciada nesta semana mostra como mutações em um único gene podem estar por trás de ambos os males.

“Costumamos relacionar a insulina apenas aos níveis de glicose na corrente sanguínea, mas alterações no padrão desse hormônio, algo que relacionado à diabetes do tipo 2, também podem provocar danos ao sistema nervoso”, diz Chris Li, professora de biologia do The City College de Nova York e coautora de um artigo publicado na revista Genetics. As causas do Alzheimer ainda não foram esclarecidas, mas já se sabe que há pelo menos dois mecanismos envolvidos nesse tipo de demência. Um deles é o acúmulo de placas de gordura no cérebro, produzidas por uma proteína chamada beta-amiloide. O outro é um emaranhado de fibras que se depositam entre os neurônios, em decorrência do excesso da proteína tau.

Li conta que, no primeiro caso, três mutações no gene proteína precursora do amiloide (APP, sigla em inglês), estão correlacionadas com um tipo raro de Alzheimer, que é hereditário. Esse gene se comporta de maneira idêntica a outro, encontrado no nematódeo Caenorhabditis elegans, o que faz do verme de 1mm de comprimento um modelo ideal para o estudo da doença. “Há muitos anos trabalho em meu laboratório com o C. elegans, que é um organismo perfeito para a pesquisa de questões moleculares relacionadas à neurobiologia”, diz a bióloga.