Alguém qualquer, longa do brasileiro Tiaraju Aronovich, foi escolhido para o prêmio Curator's choice (Prêmio do curador) no Boston Latino International Film Festival (Bliff) em Massachusetts, EUA. O filme conta a história de Zé, interpretado pelo diretor, personagem que se encontra com uma prima no momento em que recebe a notícia de que lhe restam apenas seis meses de vida. Dividindo o espaço de sua pequena casa com a visitante Jandira (Amanda Maya), o protagonista se questiona sobre valores pessoais como a morte e o amor.
As sensações de eternidade são traduzidas pela relação de parentesco entre a moça e o homem, que trabalha como faz-tudo em um edifício residencial. "É o filme mais intenso e inspirador que já dirigi, uma obra sobre silêncio e simplicidade", se orgulha Aronovich, que também assinou Sem fio (2009), aclamado no Canada International Film Festival.
Classificado pela organização do festival como "obra prima" e descrito pelo diretor como "um romance sem beijo", Alguém qualquer será exibido no encerramento da mostra, em pleno Centro Rockefeller para Estudos Latino-Americanos, no próximo domingo (28/10). O Bliff reuniu cerca de 300 filmes de 17 países, mas distinguiu apenas a obra brasileira com uma premiação. Os méritos do diretor e ator se estendem ainda à edição e trilha sonora, onde expressa seu talento de violonista premiado.
A crítica Jessica Hardin, do Pasadena International Filme Festival, se desdobrou em elogios à atuação de Tiaraju. "O desenvolvimento da sua personagem foi rica a tal ponto que continuei pensando sobre a sua concepção dias depois de ter assistido à obra", ressaltou a especialista. O diretor do Bliff faz planos para concretizar o lançamento do filme no mercado norte-americano.
Do Correio Braziliense
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