segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dilma terá de cortar gastos para aumentar Bolsa Família

NA CBN Miriam Leitão comenta sobre o bolsa família
A presidente Dilma Rousseff terá uma reunião hoje com o ministro Guido Mantega. O assunto indigesto é corte de gastos. O orçamento precisa ser revisto, para saber de onde tirar recursos. A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social, já disse que o Bolsa Família terá que ter reajuste, o último foi em 2009. Tem que cortar ainda mais outras despesas para abrir espaço para isso, já que a prioridade do governo Dilma - e do país - é acabar com a pobreza extrema (abaixo de R$ 70 de renda familiar per capita).
O programa precisa ser revisto e melhorado, comprometendo-se mais ainda com a exigência da educação para que, no futuro, essas crianças não precisem mais do Bolsa Família. E usar outras ferramentas, como microcrédito e treinamento dos pais para que entrem no mercado de trabalho, através da qualificação. Tudo isso deve estar numa nova versão do Bolsa Família: aumentar os recursos e melhorar a política para que haja mais eficiência nesse projeto.
Agora, Dilma terá que olhar onde é possível cortar gastos. O ministro Mantega tinha falado em rever e até adiar projetos do PAC. O cobertor é curto. Para dar mais para um, tem que tirar de outro lugar. Aumentar a renda de famílias extremamente pobres é um objetivo nobre. O que se fala é de um corte em torno de R$ 25 bi a R$ 30 bi no orçamento. Como o investimento público federal é pequeno, 1% do PIB, tomara que corte em outros gastos, de custeio, e não em investimento.
Em relação à concessão de aeroportos à iniciativa privada, acho que a proposta é importante, porque é o tipo do setor que pode ter parceria público-privada. Estamos com muito gargalo nessa área logística de transporte aéreo de passageiros, de carga. Os sinais são de que Dilma vai chamar a iniciativa privada para participar desse projeto de ampliação e melhoria dos aeroportos.

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